Eles protagonizaram o futebol piauiense na década de 70, com atuações de gala dentro de campo, levando a torcida ao êxtase. Sima e Meinha depois de mais de quatro décadas se reencontram, por acaso, no mesmo time que o projetam para o futebol brasileiro: o River, do Piauí.
Piauiense e pernambucano jogaram juntos pela primeira vez em 1977, vestindo a camisa do Galo Carijó, repetindo o feito em 78. E agora, 48 anos atrás, se reencontram, coincidentemente, no mesmo time, o River, na festa de confraternização da AGAP-PI – Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado do Piauí, no Sítio Uchoa.
“Muitas coisas mudaram da nossa época pra cá. O futebol arte que nós apresentarmos, está muito diferente. Eles querem imitar os europeus, futebol de marcação de dois toques, tocando a bola para trás, o zagueiro pega mais na bola do que o atacante”, Meinha.
“O zagueiro quer jogar mais do que o goleiro e o centroavante. Objetivo é lá na frente onde o torcedor quer vê é o gol. O meia de criação não existe mais e com isso o futebol fica sem criatividade”, Sima.
E na época de vocês, quem era o melhor em campo?
“Sima”, disse Meinha. Porém o piauiense replicava apontando ser o Meinha. “Sabe porque o Sima era melhor, além da criatividade, Sima era artilheiro, coisa que eu não era. Fui jogador de criação e marcação”.
Uma pergunta para os dois: hoje quem vocês apontariam como sucessores no futebol piauiense? Sima – tá difícil. Não me leve a mal porque não dá pra citar nenhum nome. Pode ser mais adiante, mas hoje a coisa tá feia”. Meinha – igual a mim não vejo. Naquele tempo se jogava com um volante, hoje são três e não existe criação. E mais, no futebol piauiense não vamos ter mais, por exemplo, Aníbal, Rui Lima, Derivaldo. O futebol brasileiro mudou muito, a gente não pode imitar os europeus”.